quinta-feira, maio 25, 2006

Maior Prémio da Literatura Portuguesa recusado

Luandino Vieira, escritor angolano, recusou receber o prémio Camões 2006, anunciou ontem o Ministério da Cultura.
Desde a passada sexta-feira, 19, dia em que o seu nome foi anunciado para suceder ao da brasileira Lygia Fagundes Telles (Camões/ 2005), que Luandino Vieira se refugiou no silêncio.
O escritor alegou agora, como justificações para a sua decisão, "razões pessoais, íntimas".
O maior galardão da literatura portuguesa (prémio no valor de 100 mil euros) foi pela segunda vez recusado. Já em 1994 o poeta Herberto Hélder havia declinado receber esta distinção, na altura o prémio era de 35 mil euros.
Segundo a ministra da Cultura a recusa do escritor não implica, da parte do júri, o anúncio de um segundo nome. Socorrendo-se para tal do regulamento do prémio que não prevê este tipo de situação. "Houve prémio, foi atribuído, mas o autor entendeu não o receber", referiu ao Diário de Notícias. Isabel Pires de Lima adiantou que os 50 mil euros da comparticipação portuguesa ficarão no orçamento do Gabinete de Relações Internacionais do ministério.
A pesar na sua decisão, aponta José Rodrigues, escultor e dono do Convento S. Payo em Vila Nova de Cerveira no qual o escritor angolano se isolou há cerca de dez anos, estará o modo de vida "despojado" do escritor, como justificação possível da recusa.
Fonte: Diário de Notícias



quarta-feira, maio 24, 2006

Sub 21 entram a perder no Europeu da categoria

Desilusão. Deste modo se pode caracterizar a entrada da selecção sub 21 no Europeu de Futebol. Frente à poderosa equipa da França, os pupilos de Agostinho Oliveira não conseguiram debelar a pressão de jogar frente ao seu público e perderam por uma bola a zero.
Com o estádio Municipal de Braga completamente cheio, a selecção portuguesa não foi capaz de derrotar a sua congénere francesa e, deste modo, entrou a perder na primeira jornada do Grupo A da fase final do Europeu.
Fazendo um jogo sem brilhantismo ou pragmatismo, Portugal desde cedo mostrou dificuldades em abordar o jogo de modo eficiente. O meio campo português, composto por Raúl Meireles, João Moutinho e Manuel Fernandes, um dos sectores mais valiosos, esteve bastante aquém do que pode e sabe produzir. No cômputo geral, a equipa lusa não jogou enquanto tal, nem tão pouco funcionou a espaços, assentando bem a vitória aos gauleses. Estes foram mais fortes e consistentes, jogando na expectativa e com uma solidez defensiva impressionante.
Da primeira parte regista-se o nervoso apresentado pelos jogadores portugueses, mais faltosos, (Quaresma viu o amarelo ao minuto 15 por uma falta ríspida) e uma equipa apática, vivendo à sombra dos rasgos individuais do extremo portista. Neste cenário os franceses respondiam em contra-ataque. Já perto do intervalo, Rolando ainda salva, em cima da linha, um golo certo dos visitantes, mas a inspiração não estava com os jovens lusos e é após Sinama-Pongolle, o perigoso avançado do Liverpool, ter rematado ao poste, que os franceses chegaram mesmo ao golo. Faltavam cinco minutos para o intervalo. Briand, dianteiro do Rennes, bateu Bruno Vale com um cabeceamento feliz, na sequência de um lance de bola parada. Agostinho Oliveira ainda tentou mudar o rumo dos acontecimentos na segunda parte, fazendo entrar Varela, Diogo Valente e Lourenço para o ataque. Mas nem os reforços nem Hugo Almeida conseguiram desfeitear Mandanda, o guarda-redes gaulês.
Os franceses, tranquilos, souberam gerir a vantagem no segundo tempo. Seguraram bem a bola e aproveitaram o desespero português, que se fazia sentir também nas bancadas.
Parece até tradição portuguesa perder o primeiro jogo de competições internacionais, à imagem do que aconteceu no Mundial de 2002, no Europeu de 2004 e no Europeu de sub 21 há dois anos. Portugal terá de ganhar amanhã à Sérvia e Montenegro, em Barcelos, para manter intactas as suas aspirações de passar às meias-finais da prova.

Zero 7 do Jardim para o Mundo



O terceiro álbum da dupla formada por Henry Binns e Sam Hardaker chega hoje às lojas. Intitulado de “The Garden”, o disco varia entre as baladas electrónicas, derivações psicadélicas com gosto a soul-pop e orquestrações de vozes amenas e suaves.O sucessor de “When It Falls” (2004) conta com a participação de Sia Furler (que já havia colaborado com o grupo nos discos anteriores) e o cantor sueco José Gonzalez (autor de Veneer).O single de apresentação é 'Throw it all away' no qual se pode ouvir a voz de Sia Furler.O desafio é complexo. O álbum “Simple Things” (2001) foi aplaudido pela crítica, já “When It Falls” (2004) pecou pelas poucas rupturas com aquele. Espera-se que este terceiro registo acrescente algo mais. São 12 faixas que se aguardam talentosas, tal como a dupla criadora.

sexta-feira, maio 12, 2006

Carvalhal apresentado no Sporting de Braga

Numa conferência de imprensa anormal em Braga, pela cobertura jornalística envolvente, Carlos Carvalhal foi apresentado como treinador dos arsenalistas. Os objectivos passam pela afirmação nacional como “quarto grande” e internacional pela “qualificação para a Taça UEFA”.

Está apresentado o sucessor de Jesualdo Ferreira no Braga. Carlos Carvalhal, ex-belenenses, filho da terra e formado no clube como “jogador e homem”, tal como o próprio refere foi o escolhido.
Carvalhal, apesar de considerar que "a fasquia está alta, devido ao bom trabalho de Jesualdo Ferreira", tem como objectivos qualificar o Braga para a fase de grupos da Taça UEFA, afirmar o clube minhoto como quarto grande do futebol nacional e ainda chegar ao Jamor.
Da equipa técnica e plantel, disse que aguarda definições, remetendo os jornalistas para a próxima semana, altura em que prevê o corpo técnico esteja definido. O jornal desportivo “O Jogo” adiantou, entretanto, que Rifa, Miguel Cardoso e Vital estão certos na equipa bracarense. O novo técnico disse que quer "manter o núcleo duro da equipa" e avançar para as contratações necessárias, não divulgando nenhum nome.
Ao seu lado, na conferência, estavam o presidente António Salvador, o adjunto Carlos Garcia e dois administradores da SAD, Manuel Rodrigues e Paulo Resende. António Salvador, na declaração introdutória, definiu o que quer da nova equipa técnica: "Está aqui para dignificar o clube", disse. Depois vieram as perguntas e à questão porque escolheu Carvalhal, Salvador respondeu sob a forma de elogios: "É um técnico que se enquadra nos valores do clube, é ambicioso, dinâmico, empreendedor e cooperante, além de que gosta de desafios, estando na disposição de formar um grupo forte, coeso e com espírito ganhador".
O desejo de o contratar já era antigo. Há três anos e meio, quando o Braga estava no posição classificativa incómoda, Carvalhal parecia certo no comando técnico bracarense, mas os rumores de uma eventual transferência esfumaram-se e Jesualdo foi o escolhido. Agora “com tremendo orgulho” é altura de pegar na herança que o seu professor lhe deixou. "Pretendemos dar continuidade a esse trabalho, se bem que com o nosso cunho pessoal e tentar melhorar", concluiu.
Fonte: "O Jogo"

Habitual troca de treinadores já começou na Liga Betandwin

Ainda mal acabou a Liga Betandwin e a dança de cadeiras entre os treinadores já começou. No topo, Ronal Koeman, do Benfica, saiu para o PSV de Eindhoven. O clube da Luz procura agora o seu sucessor. Segundo o desportivo “O Jogo” o melhor colocado parece ser Zaccheroni. Adianta o jornal que está prevista uma reuniao entre o treinador italiano e José Veiga, em Paris. Mas ao que a “A Bola” apurou ontem (11/05), em inquérito on line no seu sitio da net, os benfiquistas preferem Camacho, Scolari ou Erikson.
No Sporting de Braga, Carlos Carvalhal foi apresentado. A direcção não renovou o vínculo com Jesualdo Ferreira e optou por contratar o técnico ex-Belenenses. O professor vai treinar agora o Boavista.
Na Madeira, o “europeu” Nacional procura novo treinador, uma vez que Manuel Machado abraçou o projecto dos”Estudantes” de Coimbra.
Pelo meio da tabela, Jorge Jesus abandonou a União de Leiria, devido a divergências salariais. João Bartolomeu, presidente da União, procura novo timoneiro para a equipa.
O despromovido Vitória de Guimarães chegou a acordo com Norton de Matos, até agora sem clube, recorde-se que abandonou o Vitória de Setúbal por motivos financeiros.

quinta-feira, abril 20, 2006

A liberdade de expressão nos meios de Comunicação Social em debate na Universidade do Minho.

No auditório do novo edifício da Escola de Engenharia, decorrem as IX Jornadas de Comunicação Social, organizadas pelo GACSUM (Grupo de Alunos de Comunicação Social). As Jornadas foram divididas em duas partes, a primeira, decorreu ontem, dia 19, e promoveu o debate de ideias e de problemas afectos aos media, e a segunda, agendada para o dia de hoje será dedicada workshops diversos.
No último painel da tarde de ontem debateu-se o conflito de liberdades. Compunham o painel Lídia Branco, jornalista e advogada, Luís Botelho Ribeiro, docente na UM e pré-candidato à Presidência da República em 2006 e ainda José Rui Teixeira, teólogo, escritor e professor de Filosofia. Moderou o debate Madalena Oliveira, docente do Instituto de Ciências Sociais da UM.
Avisando os presentes que tentaria não utilizar uma linguagem jurídica muito técnica, a advogada Lídia Branco iniciou a sessão dizendo que há outros tipos de liberdades além da liberdade de expressão. Referiu também que as liberdades, direitos e garantias dos cidadãos estão salvaguardadas na constituição portuguesa, e que esta é “como a Bíblia para os católicos”.
“Quando recebi o convite para vir falar de liberdade de expressão, lembrei-me logo de Maomé com uma bomba na cabeça”, comentou a jurista, lembrando aos presentes o mediatizado caso das caricaturas dinamarquesas do Profeta muçulmano. Para logo de seguida advertir que os jornalistas” têm uma função pública de informar” e que devem respeitar os limites de acção da sua profissão.
As polémicas caricaturas valeram de Lídia Branco, simultaneamente, uma crítica e um aviso aos jornalistas. Considerou que estes não encontraram um equilíbrio estável entre as diferentes áreas em conflito, reclamando mesmo que se deveria ter imposto o “princípio da concordância prática”, a fim dos vários pratos da balança não ficarem desequilibrados.
Das relações entre o poder jornalístico e a esfera jurídica, a advogada e jornalista comentou, de modo lacónico, que “por vezes, não existe equilíbrio e respeito entre diversas áreas”.
Conclui a sua participação apelando aos jovens estudantes de comunicação social presentes no auditório para a realização de um jornalismo “responsável, sério e com limites”.
O segundo elemento convidado a tomar a palavra foi Luís Botelho Ribeiro. Disse que “tinha preparado um discurso muito crítico” para a conferência apesar de não ser um “crítico da imprensa”. Referiu que “como engenheiro” responde perante uma Ordem e perante um conjunto de regras e limites legais o que “não acontece noutras áreas”. Lembrou o julgamento do caso da ponte Entre-os-Rios, no qual “estão constituídos arguidos seis engenheiros e nenhum político”. Declarou que “em Portugal assiste-se a muita promiscuidade entre políticos, juristas, administradores públicos e privados” e que era necessário, para combater essa situação, “bom senso, moral pessoal, barreiras legais, conhecimento técnico da informação e qualidade dos profissionais”. Menos crítico, no final da exposição, demonstrou o desejo de ver a Imprensa como “espaço onde os cidadãos desenvolvam consciência cívica” e também de aquela encontrar a protecção necessária para a realização do seu trabalho, aludindo à demorada criação da Entidade Reguladora de Comunicação.
José Rui Teixeira, teólogo, escritor e professor de Filosofia foi o último a dar o seu contributo. Apontou, de imediato, ser necessário "honestidade intelectual" para a realização de qualquer profissão, em especial a de jornalista, porque “o que for retratado, se não tiver correspondência real ou verídica, carece desse imperativo”.
Como “teólogo independente”, teceu alguns comentários aos meios de comunicação social. Nomeadamente quando estes noticiaram a “nova lista de pecados da Igreja”. Referiu que o cardeal que “não merece especial consideração e que o que ele disse tem pouquíssima importância”, porque, justifica, “ele não quis legislar nem acrescentar nenhuma lista de pecados”. Reconheceu que os meios de comunicação não fazem uma contextualização nem um enquadramento específico das notícias porque, diz, preocupam-se em “vender e ter audiências”. Tal provoca, no entender de José Rui Teixeira, a confusão entre “liberdade de expressão e excessos de liberdade de expressão”.
Sobre a descoberta do “Evangelho de Judas” comentou que o documento “não tem importância teológica” e, mais adiante, disse que a escritura “valia zero”. Acusou ainda os meios de comunicação social de “mediatismo” na promoção do conjunto de textos encontrados. Quanto à polémica das caricaturas foi sintético, declarou “não afectar muito” porém, se existir “honestidade intelectual” as pessoas verão respeitados os seus interesses, os seus gostos e as suas crenças.
O final da sessão foi reservado para uma ronda de perguntas da plateia aos convidados.

sexta-feira, março 31, 2006

Sporting de Braga recebe Nacional da Madeira na abertura da jornada 29


Esta noite o Sporting de Braga pode alcançar mais um feito histórico, apurar-se, pela terceira vez consecutiva, para uma prova da UEFA. Para tal terá que vencer os Nacionalistas, concorrente directo. Os arsenalistas, para o jogo de logo à noite (21:30h) apresentam sete baixas de vulto Davide, mialgia da face anterior da coxa direita, Paulo Jorge, microrrotura da coxa esquerda, Marinelli, lesão inflamatória no pé direito, Hugo Leal, entorse da articulação tibiotársica esquerda e Cesinha microrrotura do adutor da coxa direita. A somar a estas ausências há ainda os castigados João Tomás e Luís Filipe. Face a estes condicionalismos o professor Jesualdo Ferreira convocou Miguel Oliveira, defesa-central de 22 anos, da equipa B, chamou Rossato, Frechaut e Filipe recuperados de lesão e trocou o guarda-redes Marco por Eduardo.
Do lado dos insulares, o treinador Manuel Machado tem à sua disposição quase todo o plantel, apenas o guarda-redes Diego Benaglio se depara com uma lesão muscular. De regresso estão Ávalos, Goulart, Bruno e Alonso. O professor optou por deixar de fora da partida André Pinto, quarto melhor goleador da liga, aparentemente sem justificação, mas deve ter a ver com o facto de o jogador ter vontade de procurar outro clube.
Depois de, na última jornada frente ao Benfica, ter dito praticamente adeus à Liga dos Campeões, o Sp. de Braga tem esta noite um difícil embate com o Nacional, que embora tenha perdido eficácia nos últimos jogos, já demonstrou, pelas palavras do seu treinador, que vai entrar no jogo com vontade de pontuar a fim de manter a esperança por um lugar na próxima edição de taça UEFA.

terça-feira, janeiro 24, 2006

Ferrari apresenta novo carro para a época 2006 da Formula 1

O alemão Michael Schumacher, realizou hoje, no circuito de Mugello, Itália, as primeiras voltas oficiais ao volante do novo Ferrari que participará no Campeonato do Mundo de 2006.
A 16 de Janeiro o monolugar já tinha estado em pista, distante do olhar de todos, no circuito privado da marca italiana, Marenello, porém só agora é apresentado ao público.
Equipado com o novo motor V8 de 2,4 litros (em 2005 tinha um V10 de 3.000cc), o carro é mais leve, mais compacto e mais curto de que as viaturas anteriores, segundo Aldo Costa, engenheiro da Ferrari. ALdo Costa assegurou ainda que o novo carro recebeu "as melhores evoluções dos últimos 20 anos".
O baptizado do veículo ocorreu sob o olhar de centenas de jornalista de todo o mundo. Schumacher realizou 33 voltas num total de 100 km e no final, em conferência de imprensa, afirmou que o ano que passou foi “uma excepção”, recorde-se que esteve 15 corridas sem vencer, e disse ainda que monolugar é "uma viatura de alto nível”.
Jean Todt, director desportivo da marca transalpina, avançou que o ano desportivo que se inicia será marcado pelo regresso da Ferrari ao topo da Formula 1. "Vamos disputar a época de 2006 com grande humildade mas, também com uma grande determinação de regressar ao topo. Temos a viatura, temos os pilotos, possuímos os meios necessários, e nenhuma desculpa para não voltarmos ao lugar em que já estivemos", sublinhou Todt.
Com o nome de 248 F1, e não 2006 F1 como havia avançada a imprensa, o monolugar será a arma que tenterá devolver o ceptro e os títulos à escuderia italiana.

"Match Point" a nova produção de Woody Allen em exibição



Porque a vida, com ou sem sorte, é como um jogo de ténis.

Woody Allen regressou com novo filme. Nas salas de cinema portuguesas desde 19 de Janeiro, “Match Point”, a sua última criação, sucede a “Melinda e Melinda” (2004).
O génio adormecido acordou, mais europeu é certo, mas talentoso, intenso e sobretudo real.
Um filme de Allen é sempre um filme de Allen, genuinamente característico. E isso quase que se esquece em “Match Point” e quase que é preciso estar sempre a lembrar que o é filme é de Allen . Não há jazz mas ópera, não há América mas Inglaterra, há crime, não há castigo.
O filme desenrola-se em movimentos técnicos lentos, como se estivéssemos a ver em câmara lenta uma película preguiçosa que insiste em manter-se vagarosa, sem objectivo definido, aparentemente. Uma bola, uma rede, dois campos, a sorte e o azar, e a alternância vagarosa, sem pressa, fazem esta obra.
Num vaivém constante, como se de uma bola de ténis se trata-se, vemos Londres, perfeito cartão postal. O elenco é britânico na sua maioria, Jonathan Rhys-Meyers(Chris Wilton), Matthew Goode(Tom), Emily Mortimer (Chloe) Brian Cox e Penelope Wilton(pais de Tom e Chloe), e nem a presença da americana Scarlett Johansson (Nola Rice) faz destoar a arquitectura e o equilíbrio.
“Match Point” segue o percurso de um jovem ambicioso, Chris, um instrutor de ténis que se envolve com uma família aristocrática. Rapidamente, Chris fica amigo de Tom, noivo da irmã deste, Chloe, e protegido dos pais de ambos. A estabilidade é rompida pela paixão que Chris sente por Nola, uma actriz fracassada e com falta de oportunidades. Chris terá de optar entre o “conforto” do seu novo mundo e a mulher sedutora, Nola.
A presença do romance Crime e Castigo de Fiodor Dostoievsky não é um acaso, Woody coloca-nos perante um dilema ético misturado com a sorte. O trama moral vagueia entre o trabalho, a ambição e a sorte, ou falta dela. Como se a vida fosse uma partida de ténis, um movimento constante, para um lado e para o outro, procurando algo.
A rede está lá e, quando a bola lhe bater e se tombar para o lado errado, não poderemos ter sorte?

quinta-feira, dezembro 22, 2005

Mão pesada por uso de doping no Ténis


O jogador de ténis argentino, Mariano Puerta, foi suspenso de toda a competição por oito anos, na sequência do controlo antidoping positivo verificado após a final, da qual saiu derrotado, de Roland Garros, em Junho, comunicou ontem a Federação Internacional de Ténis.
Mariano acusou etilefrina, uma substância dopante, o que lhe valeu mão pesada por parte do tribunal independente mandatado pela ITF. Este organismo, em comunicado, fez saber que o atleta fica desqualificado de Roland-Garros e que todos os resultados, pontos obtidos e prémios monetários conquistados lhe serão retirados.
O jogador é reincidente, o que agravou o castigo. Em O janeiro de 2003 esteve suspenso nove meses, de 1 Outubro de 2003 a 1 de Julho de 2004, por ter acusado a presença de um estimulante (clenbuterol, um esteróide anabolisante).
O tenista argentino, em comunicado a agência noticiosa argentina Telam, já apresentou ao público a sua versão dos factos. Alega que "a etilefrina que me encontraram estava num medicamento da minha mulher. O seu consumo foi puramente acidental e sem o meu conhecimento". No decorrer do seu comunicado diz-se inocente e que a ingestão da substância referida ocorreu “por acidente”. Declarou que é contra o uso de qualquer substância ilícita e que a brilhante campanha efectuada em Roland-Garros resultou do bom momento que atravessava e não do recurso a produtos dopantes. Conclui que o momento que está a passar é “muito mau” e que em tempo algum "colocaria a carreira em risco com uma conduta desportiva como esta".
O número 13 do ranking, liderado pelo suíço Roger Federer, tem agora três semanas para recorrer. Mariano Puerta, com 27 anos, cumpre pena, se não vencer o seu recurso, a partir de 5 de Junho de 2005.

UEFA avança castigo sobre Abel Xavier

O jogador português, a representar actualmente os ingleses do Middlesbrough, viu ontem ser-lhe negado, pelo Comité de Apelo da UEFA, o recurso apresentado no caso de doping em está envolvido.
O caso remonta a 29 de Setembro numa partida referente à Taça UEFA disputada com os gregos do Xanthi. No final do jogo Abel Xavier foi sujeito a um teste à urina que acusou um esteróide anabolizante.
Afirmando sempre a sua inocência, o internacional português, apresentou uma contra-análise ao organismo máximo do futebol europeu, mas esta viria a confirmar a presença da substância proibída. Segundo a UEFA, "a análise e a contra-análise revelaram a presença de metandienona, um esteróide anabolisante que figura na lista de substâncias proibidas pela Agência Mundial Antidopagem".
O jogador encontrava-se suspenso há um mês mas só hoje foi rectificado o seu castigo.
O defesa português, que já representou nomes grandes do futebol internacional tais como PSV Eindhoven, Liverpool, Galatasaray, ou AS Roma, tinha assinado em Agosto pelo “Boro”. Aos 32 anos, este caso pode colocar um ponto final na sua carreira.
Restam agora a Abel Xavier 10 dias para provar a sua inocência através de recurso ao Tribunal Arbitral do Desporto, com sede em Lausana, Suiça. O jogador já fez saber que irá recorrer da decisão. Aos 32 anos, este caso pode colocar um ponto final na sua carreira pois de acordo com declarações feitas recentemente pelo presidente do clube inglês, se o atleta não conseguir provar a sua inocência, terá de abandonar o Middlesbrough.